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A tradicional feira livre das Rocas recebeu, nesta segunda-feira (12), a equipe da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) realizando ações educativas sobre os trabalhos desenvolvidos na unidade. A atividade ofertou também ações de saúde para os trabalhadores e consumidores que frequentam o espaço.
A equipe da unidade montou estandes educativos que informaram sobre diversos trabalhos desenvolvidos na Vigilância de Zoonoses, como cuidados com as arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya); exposição de animais peçonhentos (como cobras e escorpiões); cuidados e importância de vacinação contra a raiva; informações sobre Esporotricose (doença que acomete principalmente gatos, provocando lesões na pele e em outros órgãos), além de orientações quanto à eliminação e descarte do Caramujo Africano e outros tipos de molusco que podem causar enfermidades.
“Estamos na feira, justamente para chamar a atenção das pessoas para conhecerem nosso trabalho e terem cuidados com as Zoonoses, não deixando água parada para atrair mosquitos; incentivando para que eles levem seus cães e gatos para se vacinarem contra a raiva, além de explicar os cuidados com animais peçonhentos e caramujos”, explica Joaquina Cardoso, Agente de Combate às Endemias (ACE) do UVZ Norte sobre a ação.
Durante a ação, a equipe da Unidade de Saúde das Rocas ofertou verificação de pressão arterial e rastreamento de infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTS), com testes rápidos de detecção de HIV/Aids, sífilis, hepatite B e C. “Aqui conseguimos alcançar as pessoas que não vão até a unidade de saúde, então fazemos esse rastreamento para as pessoas que não são muito frequentes lá. Quando acontece alguma alteração nos resultados, a gente faz o encaminhamento com as orientações para dar procedimento ao tratamento”, comenta Alana Assunção, enfermeira da unidade.
Graça Cavalcante, aposentada e moradora do bairro, aproveitou a visita à feira para conhecer um pouco mais sobre o trabalho da UVZ, além de realizar as ações de saúde disponibilizadas pela unidade. “Achei interessante. Verifiquei minha pressão, fiz testes rápidos. Ações assim ajudam muito ao pessoal a se conscientizar, a terem mais cuidado com a higiene do quintal, da casa, de tudo, para não adoecer e acontecer o pior”, fala.
O setor de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador (VISAMT), do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), esteve presente também e distribuiu Hipoclorito de sódio, além de orientar a forma correta de higienizar alimentos como frutas e verduras. O setor também realizou a demonstração das ações realizadas pelo Vigiagua (Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano).
Método Wolbachia
O dia também foi marcado pela presença da equipe da World Mosquito Program (WMP Brasil), e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) compartilhar informações com a comunidade sobre o que é o Método Wolbachia, além de explicar como será o trabalho que será iniciado em breve na capital.
O Método Wolbachia consiste na liberação de insetos com a Wolbachia (uma bactéria presente em cerca de 60% dos insetos, mas que não estava presente no Aedes aegypti) na natureza para que eles se reproduzam com os Aedes aegypti locais, estabelecendo assim uma população de mosquitos com Wolbachia e incapazes de desenvolver e transmitir o vírus de arboviroses como dengue, Zika, chikungunya e febre amarela para as pessoas. Por ser uma bactéria específica de insetos, não há risco de transmissão da Wolbachia para humanos ou outros mamíferos.