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A Secretaria Municipal de Educação promoveu, na última sexta-feira (23), no Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure), uma formação pedagógica voltada para professores das disciplinas de História e Geografia. O encontro teve como temática central a “Assembleia de Classe”, abordada como estratégia de escuta ativa no contexto da formação cidadã, integrando as ações do Programa Avexadas para Aprender.
Durante a formação, foram discutidos conceitos fundamentais como o espaço dialógico, o incentivo à autogestão, o respeito às diferentes opiniões, a promoção da autonomia e a consideração ética nas relações humanas. Tais princípios se materializam em práticas escolares por meio de procedimentos que envolvem a participação direta dos estudantes.
“Estamos aqui no Cemure para mais uma etapa da formação continuada de História e Geografia, dentro do Programa Avexadas para Aprender. Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, cada componente curricular ficou responsável por desenvolver um eixo temático e, no caso de História e Geografia, os professores estão propondo aos estudantes a vivência da Assembleia de Classe. Contamos com a participação do professor Danilo Nogueira, da Escola Estadual Djalma Marinho, que compartilhou um relato de experiência sobre o desenvolvimento desse eixo temático”, destacou o assessor pedagógico da SME-Natal, Felipe Tavares.
O professor de História da Rede Estadual de Ensino, Danilo Nogueira de Medeiros, também responsável pelo componente de Assembleia de Classe nas turmas do Avexadas para Aprender, contribuiu com a formação apresentando uma sequência didática desenvolvida com a participação ativa dos estudantes. “Estou discutindo aqui com os colegas da rede municipal a priorização das aprendizagens e a criação de experiências significativas nas disciplinas de História e Geografia. Minha proposta é compartilhar uma experiência em que os próprios alunos são produtores de conteúdo”, afirmou Medeiros.
Como exemplo prático, Danilo Medeiros relatou o desenvolvimento de uma aula sobre Pré-História. “Apresentei os conceitos básicos do tema, levei os alunos ao laboratório de informática, onde pesquisaram imagens de pinturas rupestres, informações sobre sítios arqueológicos, datação e outros dados relevantes. Por fim, propus que representassem suas descobertas por meio de um triorama, uma ferramenta educacional tridimensional que proporciona uma experiência de aprendizagem mais engajadora e multidimensional”, contou.
O professor também detalhou como o tema foi articulado com as práticas da Assembleia de Classe: “No componente de Assembleia de Classe, trabalhamos quatro etapas básicas: a elaboração das pautas, a redação dos editais de convocação, a realização das reuniões para discussão dos temas propostos e, por fim, o registro em ata. Tudo isso integrado a uma sequência didática extensa e contínua”, relatou.
A Assembleia de Classe, também conhecida como círculo ou roda de conversa, é um espaço organizado para a reflexão e a busca coletiva de soluções para problemas do cotidiano escolar. Esse processo oferece aos estudantes a oportunidade de participar das decisões sobre temas que os afetam diretamente.