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Representantes de diversos setores da sociedade iniciaram, nesta sexta-feira (13), os debates sobre os rumos do desenvolvimento urbano da capital potiguar, durante a 6ª Conferência da Cidade do Natal, que está sendo realizada no Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (CEMURE), até o sábado (14). Com o tema “Construindo a Política de Desenvolvimento Urbano: Caminhos para cidades inclusivas, democráticas, sustentáveis e com justiça social”, o evento é promovido pela Prefeitura do Natal, sob coordenação da Secretaria Municipal de Governo, em parceria com o Conselho da Cidade (Concidade/Natal).
Ao longo do dia, os participantes se dividiram em Grupos de Trabalho (GTs) temáticos, voltados à construção de propostas que contribuam para uma cidade mais justa, eficiente e preparada para os desafios contemporâneos. Foram três eixos de discussão: o eixo 1, com foco em moradia, mobilidade urbana e regularização fundiária, concentrou a maior participação, especialmente de representantes de movimentos populares; o eixo 2 abordou temas relacionados à gestão estratégica e financiamento das políticas públicas; e o eixo 3 discutiu grandes temas transversais, como sustentabilidade ambiental, transição climática, transformação digital, segurança pública e organização do território.
Cada grupo apresentou até cinco propostas, que serão selecionadas para representar Natal na etapa estadual da conferência. As discussões iniciadas nesta sexta-feira, continuam no sábado (14), quando serão consolidadas e votadas em plenária.
Ainda no sábado, será realizada a eleição dos 32 delegados que representarão a cidade na 6ª Conferência Estadual das Cidades. A escolha será feita por segmento, entre eles, movimentos sociais, setor acadêmico, poder público e setor produtivo, com cada grupo elegendo seus próprios representantes. Já a votação das propostas ocorrerá de forma conjunta, reunindo todos os participantes.
O coordenador-geral da conferência e representante do Concidade, Felipe Maciel, ressaltou a importância da conferência como espaço legítimo de escuta e participação popular. Segundo ele, o evento permite que a população contribua ativamente para a formulação das políticas públicas urbanas.
“A conferência é um importante instrumento de participação democrática porque possibilita que a população debata os problemas reais que enfrenta no dia a dia, reflita sobre a cidade que deseja e, principalmente, construa coletivamente soluções concretas. É uma oportunidade para que a gestão pública compreenda, com mais profundidade, as dores da população”, destacou.
Felipe enfatizou ainda a necessidade de aprofundar as discussões e propor ações práticas. “Temas como educação, saúde e transporte estão sempre no centro das demandas, mas aqui buscamos detalhar os problemas e construir propostas específicas, como, por exemplo, a construção de moradias em áreas com déficit habitacional ou a solução de problemas de drenagem. Esse processo direciona melhor as políticas públicas, amplia o envolvimento da população nas decisões da cidade e fortalece a aproximação entre cidadãos e governo”, concluiu.
A conferência também faz parte do processo preparatório para a 6ª Conferência Nacional das Cidades, que será realizada em novembro, em Brasília, reforçando o compromisso com uma gestão urbana mais democrática, participativa e inclusiva.