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A Secretaria Municipal de Educação de Natal promoveu na tarde desta quinta-feira (12), uma formação pedagógica destinada aos professores de Língua Inglesa da rede municipal de ensino. A atividade teve como tema “Estratégias de Acolhimento e Intervenção em Situações de Crise de Alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Escola Pública” e foi realizada no Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure).
A formação contou com a participação da psicóloga, analista do comportamento e neuropsicóloga Amanda Campos, e da enfermeira e acompanhante terapêutica Patrícia Souza. As profissionais abordaram questões relacionadas ao manejo de comportamentos interferentes e à adaptação de atividades pedagógicas para estudantes com TEA. O objetivo do encontro foi ampliar o diálogo acerca da diversidade presente no processo de desenvolvimento humano e discutir as contribuições da psicologia e da neurociência para a promoção da equidade no ensino de Língua Inglesa. A proposta incluiu ainda a necessidade dos docentes adquirirem uma compreensão mais apurada das especificidades dos estudantes, com vistas à elaboração de estratégias de ensino mais eficazes e inclusivas.
Durante a formação, foram discutidos temas como introdução ao autismo, funções e manejo de comportamentos interferentes, além de estratégias motivacionais e de adaptação de atividades em sala de aula.
A assessora pedagógica da SME, Maria da Conceição Lima Vieira, ressaltou a importância da temática para o cotidiano escolar. "Nosso foco é oferecer estratégias de acolhimento e intervenção em situações de crise vivenciadas por alunos com TEA nas escolas municipais. É fundamental que o professor saiba como agir diante de uma crise ou convulsão, por exemplo, e que a escola, de forma geral, esteja preparada para dar esse suporte. Muitos docentes se sentem inseguros diante da diversidade de necessidades especiais em sala, o que reforça a relevância desse tipo de formação para a melhoria do atendimento educacional especializado", destacou.
A psicóloga Amanda Campos abordou estratégias de manejo de comportamentos interferentes em crianças com TEA. "Falamos sobre acolhimento e intervenção, além dos critérios diagnósticos que diferenciam o transtorno do espectro autista de outros transtornos, como o TDAH e comorbidades associadas. Também discutimos as funções de comportamentos como morder, bater, chutar, e a importância de compreender a função desses atos para que o professor saiba como intervir de maneira adequada”.
Já a enfermeira e acompanhante terapêutica Patrícia Souza compartilhou sua experiência pessoal e profissional com o TEA. "Sou mãe de gêmeos autistas, com nível de suporte 2, que estudam na rede municipal. Sempre busco compartilhar conhecimentos para que outros profissionais também se preparem melhor para lidar com crianças com TEA. O papel do atendente terapêutico é diferente do auxiliar de sala: ele tem formação específica para prever e manejar crises, além de atuar de forma integrada com os professores e demais profissionais da escola.