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21/07/2025 12:12
  • Secretaria de Educação debate prevenção e manejo da violência escolar
Adrovando Claro

O Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS), vinculado ao Departamento de Atenção ao Educando (DAE) da Secretaria Municipal de Educação, promoveu o primeiro encontro da formação continuada de 2025 voltada aos profissionais da Rede Municipal de Ensino de Natal. A iniciativa aconteceu no Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure), na última sexta-feira (18), e teve como tema central “Letramento socioemocional para a prevenção e manejo das violências no contexto escolar”.

 

Nesta edição inaugural, a formação trouxe como pauta principal “A violência sexual online contra crianças e adolescentes”, assunto de relevância e urgência, especialmente diante do avanço das tecnologias digitais e da vulnerabilidade crescente de estudantes em ambientes virtuais.

 

O objetivo do programa é fortalecer as unidades escolares no papel que desempenham dentro da rede de proteção à infância e juventude. A proposta da formação inclui ainda sensibilizar, informar e capacitar os educadores para atuarem com mais segurança, empatia e preparo frente a situações que envolvam violências e questões de saúde mental no ambiente escolar.

 

Durante a abertura do encontro, o secretário municipal de Educação, Aldo Fernandes, enfatizou o compromisso da gestão com a promoção de uma educação segura e de qualidade. “É com alegria que vejo este auditório lotado. Passamos seis meses estruturando estratégias e já colhemos frutos importantes. Levei os resultados do NAPS ao encontro nacional em Curitiba e, em breve, estarei também em Salvador, compartilhando nossas ações. A educação que defendemos é segura, concreta, inclusiva, de qualidade e equitativa”, declarou o secretário.

 

A secretária adjunta de Gestão Pedagógica, professora Naire Capistrano, reforçou que a formação continuada é uma estratégia essencial para garantir o acesso ao conhecimento e, assim, assegurar os direitos e a proteção das crianças. “Formações como está nos confrontam, nos provocam, nos inquietam — e isso é positivo. Precisamos de informações qualificadas para agir de forma assertiva diante dos riscos que nossos estudantes enfrentam. Ao longo desta jornada, teremos mais cinco encontros repletos de conteúdos fundamentais”, destacou.

 

Já a diretora do Departamento de Atenção ao Educando, Merise Maciel, destacou a importância de construir espaços de escuta e diálogo sensível sobre temas delicados. “O incômodo gera movimento. Quando a gente se permite sentir e questionar, há transformação. E é isso que queremos: uma rede de profissionais capazes de refletir e agir diante das violências, especialmente da violência sexual online, que será aprofundada nesta formação”.

 

A promotora de justiça Isabela Garcia G. N. Rosas, representante da Promotoria da Infância e Juventude de Natal, trouxe uma análise sobre o papel da escola na formação social e emocional dos estudantes. “É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança. A escola, ao lado da família, é um espaço privilegiado de desenvolvimento humano. É onde se constrói a autonomia emocional, a empatia e a resiliência. E a atuação dos profissionais da educação deve ser guiada por uma visão integrada do sujeito, respeitando os princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente”.

 

O pesquisador e professor  Victor Varela, membro do Observatório da População Infantojuvenil no Contexto da Violência (UFRN), foi o palestrante principal do encontro. Na exposição, apresentou dados e reflexões sobre os desafios do enfrentamento da violência sexual online.

 

As delegadas  Marjorie Saunders Lopes e Jussara Araújo Barbosa de Almeida, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), também participaram da mesa de discussão.

 

O ciclo de formação continuada proposto pela SME terá ainda outros cinco encontros ao longo do ano, cada um abordando temáticas que dialogam com a saúde mental, a prevenção de violências e o desenvolvimento socioemocional nas escolas. A intenção é não apenas formar, mas transformar o olhar dos profissionais da educação para que atuem de forma mais empática, informada e protetiva.



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