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Duas educadoras da Rede Municipal de Ensino de Natal lançaram publicações que unem literatura, ensino e o fortalecimento da identidade infantil durante a ExpoEduc, reconhecida como a maior feira de educação do Norte-Nordeste. O evento, realizado no Centro de Convenções, também se consolidou como espaço de valorização da produção literária dos profissionais da educação.
As professoras Rosalba de Medeiros e Neryane Rodrigues, protagonizaram momentos marcantes com o lançamento de obras autorais. Ambas conciliam a atuação no magistério com uma trajetória de produção literária voltada ao público infantil, abordando temas como sustentabilidade, identidade, autoestima e liberdade.
Rosalba de Medeiros, que atua como coordenadora pedagógica na Escola Municipal Profa. Adelina Fernandes, compartilhou a trajetória como autora independente. Desde 2020, ela já publicou quatro livros infantis.
"Iniciei minha produção com O Gato Bartô, que trata da discriminação racial. Depois veio O Planetinho Azul, sobre sustentabilidade. Em seguida, publiquei Floribel, que incentiva as crianças a sonharem e acreditarem em seu papel no mundo. Este ano, lancei A Menina Cor de Canela, que propõe um trabalho com a árvore genealógica das crianças. É uma forma delas conhecerem suas raízes, valorizar a família, fortalecer a autoestima e a identidade", explicou a autora.
Rosalba ainda destacou que as obras são publicadas de forma independente pela gráfica Sul Editora e já foram apresentadas em eventos como a Feira do Livro e Quadrinhos de Natal (FLiQ), a Jornada de Educação de Natal (Jenat) e atividades promovidas pela própria SME-Natal. “Tenho muito orgulho de ver meus livros sendo trabalhados em sala de aula pelas professoras da rede. Sempre que sou convidada, participo dos projetos nas escolas e nas feiras literárias", completou.
A outra autora, Neryane Rodrigues, que atua no Centro Municipal de Educação Infantil Profa. Libânia Medeiros, lançou o segundo livro, intitulado As Abelhindas, uma fábula com mensagem de coragem, união e luta por liberdade. “A história mostra como as abelhas enfrentam um apicultor que as aprisiona, simbolizando o trabalho escravo. Elas se unem para reconquistar a liberdade e os sonhos. É uma metáfora para que as crianças aprendam, desde cedo, o valor da união e da busca pelos ideais", contou Rodrigues.
A autora também tem participado de eventos literários como a FLiQ, além de integrar coletivos culturais e artísticos como a Sociedade dos Poetas Vivos e Afins, a Associação Literária e Artística das Mulheres Potiguares, o Mulherio das Letras Nísia Floresta e a Casa do Cordel. “Onde me convidam, eu estou presente com meu livro, com o desejo de incentivar a leitura e fortalecer a identidade cultural das nossas crianças", finalizou.