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Fotos: Manoel Barbosa / SME

A Secretaria Municipal de Educação de Natal realizou, na noite desta quarta-feira (20), o seminário de encerramento da formação “Leitura e Escrita na Educação Infantil (LEEI)”, no auditório do Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure). O curso, integrado ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), teve como objetivo ampliar conhecimentos e promover reflexões sobre o trabalho na pré-escola, unindo linguagem oral e escrita às práticas pedagógicas da Educação Infantil.

Cerca de 200 profissionais da Rede Municipal, entre professores, coordenadores pedagógicos e gestores, participaram das atividades formativas. O seminário contou ainda com apresentações culturais, incluindo o Coral Municipal Sons da Terra e o escritor e contador de histórias Francisco Martins.

A abertura foi conduzida pela secretária adjunta de Gestão Pedagógica, Naire Jane Capistrano, que destacou a importância das formações para fortalecer a Educação Infantil. “Não basta garantir acesso; é necessário assegurar respeito, escuta e valorização da criança como protagonista do processo educativo”, afirmou.

Segundo a assessora pedagógica do Departamento de Educação Infantil e formadora do LEEI, Rosimeire Silva, o seminário marcou a integração e a valorização das práticas desenvolvidas pelos cursistas. “Finalizamos o curso com exposições de experiências de professores dos polos Cemure e Zona Norte, além da palestra da professora Lêda Garção, que trouxe contribuições sobre documentação pedagógica, e relatos de experiências aplicadas ao longo de 14 meses de formação”, explicou.

A professora Lêda de Cássia Garção Moura, mestre em Educação pela UFRN, ressaltou que a documentação pedagógica vai além do registro: “É instrumento de planejamento, avaliação e aprofundamento das práticas educativas, construído de forma coletiva e consciente para ajustar e aprimorar as experiências vividas pelas crianças”.

Entre os relatos apresentados, o projeto “Mala Literária”, desenvolvido no CMEI Marise Paiva, em Cidade Nova, foi destaque. A iniciativa permite que crianças de 4 a 5 anos levem semanalmente um livro para casa, escolhendo a obra de sua preferência, com o objetivo de compartilhar a leitura com a família. Segundo as professoras Patrícia Freitas, Adjane Maria e Eline Silva, os estudantes registram as vivências por meio de desenhos, produções diversas e murais na escola, reforçando a integração entre formação docente e práticas pedagógicas.