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A Escola Municipal João XXIII, localizada no bairro do Alecrim, está transformando a relação entre tecnologia e aprendizagem por meio do projeto “Deusx Ex Machina”, que une inteligência artificial e educação. A iniciativa tem como objetivo ampliar as formas de expressão dos estudantes, incentivando o uso da tecnologia em pesquisas escolares e no cotidiano, de forma a compartilhar os aprendizados com as famílias.
As aulas começaram no semestre passado e já despertam entusiasmo na comunidade escolar. O projeto foi idealizado pela pesquisadora Catarina Alice dos Santos, a partir do trabalho de conclusão do curso em Pedagogia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e conquistou reconhecimento ao vencer o edital público da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB-Natal).
A pesquisadora Catarina Alice dos Santos explicou que o projeto se desenvolve em três fases de pesquisa: Mapeamento pessoal, Contato com a IA e Intervenções. “O objetivo é mostrar a IA como um instrumento de pesquisa, não como uma entidade que substitui o humano, e preparar os alunos para o uso educativo da tecnologia, evitando potenciais danos sociais”, afirmou.
Para a diretora pedagógica da Escola Municipal João XXIII, Cíntia Daniele Oliveira do Nascimento, a iniciativa abre novas possibilidades de aprendizado. “O projeto mostra que a inteligência artificial pode ser uma aliada para que nossos estudantes pensem de maneira crítica, criativa e colaborativa. É uma experiência que fortalece a educação e aproxima os estudantes do futuro”.
Os próprios alunos já percebem a importância da novidade em suas rotinas. Fabrício da Silva Rodrigues, de 11 anos, estudante do 6º ano, conta que a tecnologia deixou os trabalhos escolares mais dinâmicos. “Eu achei incrível porque a gente consegue aprender de um jeito diferente. Quando faço pesquisa com a inteligência artificial, encontro respostas rápidas, mas também aprendo a comparar as informações. Dá vontade de estudar mais”.
A colega Manuelly Anunciada Arruda da Silva, de 12 anos, também do 6º ano, destaca como a experiência pode ser compartilhada em casa. “Mostrei para minha família como funciona e eles ficaram curiosos. Agora usamos para pesquisar receitas, organizar tarefas e até para brincar. É legal ver que o que aprendemos na escola também ajuda fora dela”.
O projeto “Deus Ex Machina” reforça a importância das parcerias para inovar nas práticas pedagógicas, aproximando o conhecimento tecnológico da realidade dos estudantes e promovendo uma educação conectada com o presente e preparada para o futuro.